É muito difícil encontrar alguém que não goste de uma boa comida, principalmente quando falamos de doces. Doces são o ponto fraco de muita gente por ai e responsáveis por inúmeros pneuzinhos indesejados em homens e mulheres, dificultando a batalha contra a balança.
Mas muitas pessoas, apesar de se deliciarem com todos os tipos de doces, não sabem quem está por trás da arte de fazer doces, por que aquilo existe, qual sua origem e história.
Assim, para adiantar o assunto principal, essa arte de fazer doces se chama confeitaria. Ela é considerada uma das mais difíceis e precisas técnicas da culinária mundial. Sendo comparável como a ciências exatas do mundo das cozinhas, baseada em números precisos de quantidades de cada elemento, sendo que outras técnicas podem ser comparáveis com as ciências humanas, onde empírico é mais importante.
O que é confeitaria?
Bom, o termo confeitaria é utilizado especificamente para descrever o ramo da gastronomia que se baseia no preparo e decoração de pratos doces como tortas, bolos, pudins e muitos mais.
Em alguns lugares a confeitaria também pode ser conhecida como doceria, dentro dela existem diversas áreas mais específicas de acordo com o tipo de preparo que ela realiza, como exemplo, os chocolatiers.
A confeitaria já existe há muito tempo na história da humanidade, mas isso que temos hoje, em geral, é a evolução de antigas sobremesas de diversos lugares do mundo que foram modernizadas e universalizadas.
Mas os principais desenvolvedores dessa arte através da história, como vamos ver a seguir, são os franceses, que também tem grande tradição na gastronomia em geral.
A história
Na antiguidade os doces estavam estritamente vinculados as comemorações, mas o fato é que nenhum doce existente anterior a 1200 d.C. pode ser comparado com o que existe hoje, até por que até então não havia o conceito de sobremesa.
O primeiro registro de um doce é do século I a.C. quando o romano Cícero cita um tubinho de massa de farinha recheado com leite que ele comeu na Sicília, e que pode lembrar o cannole.
Mas até 900 d.C. não houve grande evolução, já que não existia açúcar e a doçura vinha apenas das frutas ou do mel.
A partir desse ano o açúcar começou a vir do mundo árabe, mas só era acessível aos mais ricos, portanto a sobremesa começou a fazer parte dos banquetes, mas era servida antes das refeições.
Mas foram as grandes navegações que mudaram tudo, levando cana de açúcar, cacau, canela, arroz, noz-moscada e cravo-da-índia para a Europa. Tudo isso se tornou mais popular e acessível e foi aí que o italiano Giobatta Cabona criou o bolo genovês, um antepassado do nosso pão-de-ló, que tinha essa textura fofinha que conhecemos hoje.
O açúcar da cana ainda era importado, mas por volta de 1747 se descobriu que poderia ser feito açúcar a partir da beterraba. Foi em 1801 que a primeira usina de açúcar de beterraba foi aberta na Europa. O produto se tornou popular e os confeiteiros saíram das cortes e abriram os próprios negócios.
Tantas receitas surgiram a partir daí, inclusive o sorvete, mas foi no século XIX que surgiu a cultura da fornalha: onde contava a aparência, a qualidade e o sabor das receitas. Aí foram criadas as massas de “biscuit”, as folhadas, os “petit fours”, massas amanteigadas, massas de amêndoas e tantas outras, que eram servidas como acompanhamento para a mais nova moda europeia: o café, o chá e o chocolate quente que são o motivo do surgimento dos “Cafés e Confeitarias”.
Os anos 50 surgem como o momento em que o poder aquisitivo aumentou, juntamente com a qualidade de vida da população. Assim houve um grande aumento no número de estabelecimento comerciais que eram impulsionados por uma procura cada vez maior por produtos mais finos e elaborados. E aí a confeitaria se tornou o que conhecemos hoje.
Confeitaria na prática
Como dissemos a confeitaria é a arte de fazer doces. Assim, podemos encontrar pratos a base de diferentes tipos de massas como pudins, biscoitos, panquecas, bolos e tortas, doces à base de cremes, como os mingaus, ou até mesmo a base de frutas, como sorvetes e doces gelados.
Na confeitaria os ingredientes mais usados são a farinha (geralmente de trigo), o açúcar, ovos e gorduras como a manteiga. Juntamente com esse ingredientes é costume se misturar aromatizantes e sabores mais específicos como essências, frutas, corantes e muitos outros.
Além de se preocupar com a preparação, o confeiteiro também preza muito pela decoração e apresentação do prato. Na confeitaria as cores, texturas e formas são muito mais complexas sendo a área da gastronomia com o visual mais interessante.
E você, já conhecia o conceito de confeitaria? Conhece outras histórias da arte de fazer doces ou gostaria de esclarecer alguma dúvida? Deixe um comentário abaixo!
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